FOME – UM PROBLEMA HUMANITÁRIO
Silvério Ferreira da Silva Filho
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa
carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no
mundo e ninguém morreria de fome”.
Mahatma Gandhi
Fonte: c7s.com.br
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Vivemos em um mundo globalizado, por
outro lado, parte da civilização ainda se encontra à margem daquilo que
conhecemos por “sociedade”. E uma das maiores causas dessa marginalização, a
fome, é resultado da falta de políticas e programas que ajudem os mais
desfavorecidos.
Fonte: blogdacomunicacao.com.br
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Segundo relatório apresentado pela
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em
inglês) – no biênio 2010-2012 –, quase 870 milhões de pessoas passam fome no
mundo, ou seja, 12,5% da população mundial. O mesmo relatório aponta que,
somente na América Latina, 49 milhões de pessoas estão nesta situação.
Fonte: topicos.estadao.com.br
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Sabe-se também, segundo dados do IBGE,
que cerca de 14 milhões de pessoas convivem com a fome no País e mais de 72
milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar (significa
que 2 em cada 5 brasileiros, não tem garantia de acesso a uma alimentação de
qualidade, numa regularidade tolerável).
No nordeste, a coisa piora mais ainda,
atualmente, cerca de 10 milhões de pessoas estão neste estado de miséria
extrema. Em nossa região, ainda temos a falta de água para agravar o problema.
A seca, com suas terríveis consequências, está matando de sede e de fome
crianças, mulheres, homens e animais sem distinção.
Fonte: istoe.com.br
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A fome, então, é uma das consequências
mais graves de nossa crise social. Sabemos disso, mas você já se deu conta de
como, pouco a pouco, estão nos afastando desta realidade?
Estamos usufruindo, cada vez mais, de
uma vida cheia de conforto. Não é rara às vezes no dia em que nos deliciamos
com as novas tecnologias a baixo custo. Não estou pedindo, nem pressupondo, que
todos nós nos afastemos deste mundo moderno. Este novo mundo surgiu, à custa de
muito suor, das entranhas das revoluções que nos implantaram uma nova estrutura
social. Se superarmos o antigo regime, temos o direito da consonância de nossa
ascensão social. Chamo atenção para refletirmos o quanto isso pode nos alienar
a ponto de esquecermos a nossa relação com aqueles que precisam de ajuda. Não
podemos permitir que nosso desenvolvimento histórico e humano fique somente na
criação e exteriorização de si próprio, deixando-nos aquém do processo
humanitário.
Por um lado ainda existe uma corrente
de pessoas que procuram pelas causas e consequências da miséria e da fome.
Cometemos, porém, o erro de, em determinadas circunstâncias, talvez por revolta
generalizada, e mesmo coerente, culpados para denunciarmos. O erro ao qual nos
impomos é o de que, como crítica profunda, limitamos isso unicamente a colocar
a “boca no trombone”. Por outro lado existem também aqueles que não se importam
muito com os motivos, mas que, de forma coerente, mas presumidamente
“inconsequente”, fazem o que podem para aliviar a fome dos que precisam.
Precisamos ter consciência de nossa
função como ser. Essa consciência pode promover-nos ao nível de auxiliador,
sobretudo, consciente. No Brasil, estamos presenciando, para nosso bem, uma
nova forma de política voltada aos pobres. São os programas de distribuição de
renda, como fome zero e bolsa família, no qual as famílias mais pobres recebem
uma pequena ajuda financeira mensais. Esses programas geram uma série de críticas
partidárias em torno da questão.
Os que são contra afirmam, à luz da análise
política, que o programa está muito além das políticas específicas de combate a
fome, apresentando interfaces aos interesses partidários do governo
implantador.
Fonte: rtp.pt
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No entanto, há de se concluir, que a
fome e a miséria também devem ser combatidas com essas políticas de inclusão
social. Por que assumir o desafio fora destas condições – inclusão social -
torna-se uma tarefa indiscutivelmente adversa. Não podemos negar a impulsionada
estratégia do governo federal de assegurar o direito humano à alimentação
adequada àqueles que possuem dificuldades de acesso aos alimentos. É preciso
uma ação integrada.
O que nos incomoda, no entanto, são os
que ficam procurando falhas no sistema com o objetivo único de alcançar o
poder. Um domínio puramente político. Os críticos destes programas de
distribuição acusam os tais partindo do princípio de que o governo busca tirar
proveito da miséria alheia e resplandecer como herói do povo. Chagam a chamar
vulgarmente de “esmolas do governo”.
Isso parece extremo demais para quem
desejar solucionar uma situação tão complicada de um povo carente. Temos que
crer em uma política altiva e respeitosa. É mais conveniente entendermos esses
programas como de transferência de renda. Marina Silva, quando pré-candidata a
presidência em 2010, afirmou: “Não é um programa de assistencialismo. Quem diz
que é assistencialismo é porque não sabe o que é passar fome.” De fato quando
temos uma doença, e se sentimos desamparado, queremos ser acolhidos por um
médico, termos nosso sofrimento aliviado. Compartilhamos a consciência de que
não temos estes programas como ideais, mas para aqueles que realmente precisam
é um alívio e uma reforma importante para o Brasil. Se mesmos com esses
programas sociais federais e estaduais o problema da fome não é solucionado, a
solução de simplesmente erradica-los parece explicitamente distante do
objetivo. Fornecer cestas básicas não resolve o problema, mas isso é
decorrência de uma série de fatores estruturais que já estão arduamente
impregnados na sociedade brasileira. Vivemos em um país onde os recordes de
produção agrícola se superam no decorrer dos anos, enquanto, de contrapartida,
a fome faz parte do convívio de um número alarmante de pessoas.
Fonte: portaldoagronegocio.com.br
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Podemos
perceber que o Brasil tem as duas condições necessárias para reduzir a fome
para números bem menores do que o alarmante atual, num curto período de tempo.
A primeira delas é incontestavelmente nossa agricultura, que é capaz de
produzir todos os alimentos que precisamos e ainda exportarmos amplamente. A
segunda são os recursos necessários para garantir o direito a uma alimentação
adequada aos milhões que precisam. Acima de tudo, podemos afirmar que é
possível acabarmos com a fome e com as outras mazelas socioeconômicas próprias
da ausência de políticas públicas adequadas. O maior impasse é o fato de que,
na ausência de uma das duas condições citadas, a outra se torna inexistente, o
que nos leva de volta a necessidade de uma atuante política de integração.
Fonte: mda.gov.br
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Essa
integração pode ser iniciada por nós, cidadãos comuns, individualmente, através
de ações no âmbito comunitário para ajudar os desfavorecidos. Estas ações
incluem mesmo atividades educativas sobre políticas de temas relacionados à
fome, a fim de levar as pessoas à tomada de posições e conscientização. Algumas
vezes esses passos serão pequenos, outras serão enormes, mas o mais importante
é estar atento e consciente sobre o problema, buscando maneiras de trabalhar
para encontrar soluções.
Fonte: tudoglobal.com
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"Seja a mudança que você quer ver no mundo".
Dalai Lama